Um talentoso sambista,conhecido como Espírito da Luz, tenta vender suas composições e fazer algum sucesso, mas acaba enganado por oportunistas e se vê preso nos esquemas da indústria. Inconsciente após um acidente de trem, ele relembra momentos de suas vida e carreira, passados em grande parte no subúrbio carioca. O filme, por um lado, é histórico retrato de seu tempo e, por outro, aponta caminhos estéticos que viriam a orientar a cinematografia nacional.
Nelson Pereira dos Santos
Nascido em São Paulo, em 1922, formou-se em Direito e trabalhou como jornalista, mas, em 1950, já debutava no cinema com o documentário Juventude. Seu primeiro longa, Rio, 40 graus (1955), é um marco na cinematografia nacional. Da relação com a literatura resultaram, entre outras adaptações, Jubiabá (1987), a partir do livro de Jorge Amado, Boca de ouro (1962), de Nelson Rodrigues, e o clássico Vidas secas (1963), de Graciliano Ramos. Sua carreira prolífica foi ainda da comédia histórica (Como era gostoso o meu francês, 1970) a documentários sobre personalidades como Tom Jobim e Sérgio Buarque de Holanda. Nelson Pereira dos Santos morreu no Rio, aos 89 anos, no dia 21 de abril de 2018.