Publicado em 09/11/2018

Por: Mariana Isis

A Première Brasil: Retratos exibiu nesta sexta-feira (09/11) o documentário Angel Vianna – voando com os pés no chão, que aborda a vida da mestra e bailarina mineira que pensa, até hoje, o movimento corporal nas artes. O filme conta também com inserções coreográficas em que bailarinos dramatizam situações ou épocas marcantes para Angel.

Após a exibição, houve um debate mediado por Maria Ignez, acompanhado da diretora e roteirista Cristina Leal, o corroteirista Jorge Eduardo Figueiredo, a bailarina e professora Maria Alice Pope, o bailarino Alexandre Franco e a própria Angel Vianna. Maria Ignez estudou na escola de Angel Vianna a fim de realizar um caminho da dança pela educação e abriu a mesa com a leitura de um texto por ela mesma escrito em homenagem à mestra. 

Termos como “corpo-terra”, “transformação”, “experiência”, “encontro”, “amor” fizeram parte do vocabulário usado pela mediadora a fim de descrever Angel. Maria Alice elogiou o título do filme: “A Angel tem essa capacidade, que acho que não é pra muitos – é pra muito poucos – que é a de aterrar e voar”; considerou ainda esse balanço entre voo e aterramento como um movimento que mesmo subverteu a dança e, mais ainda, o movimento.

Angel, muito emocionada, agradeceu muito à presença da plateia e, naturalmente, à equipe realizadora e Cristina Leal respondeu à homenageada que, brincadeiras à parte, a considera uma guru de grande sabedoria. “Pra alguém apaixonante, um filme apaixonado! (…) É um documentário dinâmico, que então privilegia o movimento”, completou Jorge Eduardo. Alexandre Franco disse ainda que “Cristina captou na Angel a diversidade, o que é acreditar nisso e se encantar por isso”.

Angel agradeceu aos bailarinos que dançam no documentário: “Em cada um, um belo  trabalho corporal!”. No Rio de Janeiro foi onde pôde encontrar seu caminho e “entender um pouco esse grande mestre, que é o corpo de cada um. Então eu quero dizer a importância de ser gente: o corpo, o que é? É o que você tem de melhor e tem de respeitá-lo. porque é também o seu grande filósofo. É ele que te ensina tudo o que você entende. Não adianta querer procurar outro: é você mesmo. Os que te ajudam é para te ajudar a perceber o grandioso corpo que pensa, que sente, que chora e que torna a gente”, encerrou a mestra Angel, mostrando sua faceta filosófica.



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