Publicado em 13/10/2016

Autor de obras como “Manual de Economia” e “Carta aberta aos gurus da economia que nos tomam por imbecis”, o francês Bernard Maris era um crítico irreverente, que não media palavras para criticar a sociedade de consumo e a própria economia. Seu espírito carismático, porém sempre ácido, conquistou um público fiel.

Além de falar na rádio, seus textos eram publicados no polêmico jornal semanal Charlie Hebdo, onde assinava como Tio Bernard. E foi durante uma reunião de pauta, em 15 de janeiro de 2015, que ele foi assassinado com 11 colegas de redação. O atentado foi uma reação de extremistas à charges que ironizavam o profeta Maomé no jornal. Além de editor do semanário, Bernard era economista e professor universitário.

Como parte da Mostra Itinerários Únicos, o Festival do Rio 2016 exibe hoje o documentário Tio Bernard – Uma Antilição de Economia (2015), às 18:45 na Cinemateca do MAM, com a presença do diretor canadense Richard Brouillette. O filme fez parte da seleção do Festival de Roterdã 2016.

A entrevista que dá início ao filme foi concedida em março de 2000, originalmente para compor outro documentário do diretor, O Cerco – A democracia nas redes do neoliberalismo, de 2008. Porém, vê-se um tom profético em suas falas sobre crise que abalou economias pelo mundo. Completam o filme as informações sobre o atentado terrorista que o vitimou, em um retrato raro de uma das mais influentes figuras francesas de seu tempo. 

Na Cinemateca do MAM, além da presença do diretor Richard Brouilette, o debate contará com a participação do jornalista Glenn Greenwald, do jornal inline The Intercept, de Tatiana Roque, do Instituto de Matemática da UFRJ, de Carlos Frederico Rocha, do Instituto de Economia da UFRJ, e Átila Roque, da Anistia Internacional. Uma ótima conversa sobre a crise econômica e os caminhos possíveis para encontrar uma saída.

Clique para a ficha técnica do filme: http://www.festivaldorio.com.br/br/filmes/oncle-bernard-l-anti-lecon-d-economie



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