Publicado em 03/11/2018

Por: Ana Vigna

Na noite de hoje, (sábado dia 3), aconteceu durante a mostra Novos Rumos a exibição do longa metragem Sócrates, que conta a história de um jovem negro em luto, que passa por situações de racismo, violência e homofobia. O debate foi mediado por Lara Sayão e composto por alguns membros da equipe, incluindo o diretor e roteirista Alex Moratto, a diretora de produção Tammy Weiss, os atores Christian Malheiros e Tales Ordakji, produtora executiva Priscilla Santana e fechando a mesa, a produtora de elenco Mayara Batista.

A conversa iniciou com a mediadora fazendo uma breve comparação com o filósofo Sócrates em termos dos dois significarem uma importância para um melhor diálogo diante de suas vivências e logo em seguida perguntando sobre as motivações e o caminho para a realização do longa. Moratto conta que após a morte de sua mãe em 2014, estava cheio de sentimentos que precisavam ser liberados em uma época de solidão e incerteza, ele fala: “Toda porta que bate no Sócrates, é uma porta que bate em mim de certa forma, então nesse sentido o filme é muito pessoal pra mim”, afirmando também que o filme tem como um de seus objetivos representar pessoas que não são normalmente representadas no cinema.

O filme foi realizado através do Instituto Querô, uma instituição santista que já produziu 120 curtas metragens e tem com Sócrates sua estreia em longas metragens. Alex que introduziu seu roteiro e ideia com apenas 20 mil dólares no bolso, todo produzido com os próprios alunos e ex-alunos do Instituto, como conta Tammy, incluindo a Priscilla que teve sua primeira experiência como produtora executiva.

Sobre a escolha dos atores principais, a produtora de elenco Mayara, que tinha apenas 16 anos durante as gravações, conta sobre o processo de escolha: “Foram mais de mil atores e mais ou menos 600 para o papel do Sócrates e o Tales e o Christian foram um achado.” 

E para terminar a primeira noite de debates, Alex também comenta sobre como a escolha de Christian compôs a representatividade negra que antes nem era imaginada: “Em termos do Sócrates ser negro, isso não estava no roteiro, é porque o Christian foi o melhor ator. Nós testamos 600 pessoas e essa foi a decisão, o que nos levou a escolher ele é que ele é muito natural, uma escuta muito boa.”




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