Publicado em 16/10/2016

Uma linda festa de premiação reuniu o melhor do cinema no Espaço BNDES na noite deste domingo. Entre os 35 filmes da Premiere Brasil, 15 foram premiados em diferentes categorias. Os apresentadores da cerimônia foram os atores Antonio Calloni e Isis Valverde. 

O filme "Fala comigo", de Felipe Sholl, foi eleito pelo júri o melhor longa de ficção do 18º Festival do Rio. A organização anunciou os ganhadores na noite deste domingo (16). O primeiro longa de Felipe Sholl conta a história de Diogo, um adolescente de 17 anos que tem o hábito de se masturbar enquanto telefona para as pacientes da mãe, uma terapeuta.

_ Estou muito feliz com esse prêmio. Trabalhei muito tempo no festival do Rio e agora meu primeiro longa é premiado. Estou imensamente feliz. Quero agradecer às diretoras do festival e ao juri. Espero que nosso filme faça a pequena parte dele para tornar o Brasil menos conservador. Fizemos um filme com orçamento muito baixo e todos nós demos o melhor para que o filme ficasse pronto. Este filme demorou 11 anos para ser feito e não dá para citar todo mundo que ajudou... _ disse Felipe Sholl.

Entre os documentários, o escolhido foi "A luta do século", de Sérgio Machado, que registrou a rivalidade de mais de 20 anos entre os boxeadores Luciano Todo Duro e Reginaldo Holyfield, ídolos do esporte no Nordeste na década de 1990. Fizeram seis combates, com três vitórias para cada lado. Durante as filmagens, os dois ex-atletas, já com mais de 50 anos de idade, resolveram se enfrentar, promovendo a tal "luta do século" de que fala o título do filme.

Entre os filmes que apontam tendências do cinema brasileiro, da mostra Novos Rumos, o premiado foi Então Morri, de Bia Lessa e Dany Roland. E o Prêmio Especial do Juri ficou para o filme Redemoinho, de José Luiz Villamarim.

O prêmio de melhor atriz foi para Karine Teles, por Fala Comigo, e o de melhor ator foi dividido entre Nelson Xavier, por Comeback e Julio Andrade, por Redemoinho e Sob Pressão. Os prêmios de melhor atriz coadjuvante e melhor ator coadjuvante ficaram com Verónica Perrotta por Mulher do PaiStepan Nercessian por Sob Pressão. O prêmio de direção de ficção foi para Cristiane Oliveira por Mulher do Pai e o de direção de documentário foi para Sérgio Oliveira por Super Orquestra Arcoverdense de Ritmos Americanos.

Pelo voto popular, os vencedores foram Era o Hotel Cambridge, de Eliane Caffé (na categoria longa de ficção) e Divinas Divas, de Leandra Leal (na categoria longa documentário).

A noite também fez uma homenagem aos filmes que celebraram a diversidade e o combate ao preconceito contra a comunidade LGBTQ. O prêmio Suzy Capó Personalidade Félix de 2016 foi para a top model Lea T.  Nesta categoria, o Prêmio Félix de melhor longa de ficção foi para Rara, de Pepa San Martin, e o de melhor longa documentário foi para Divinas Divas, de Leandra Leal.

O prêmio da FIPRESCI foi dividido entre Viejo Calavera, de Kiro Russo, e Era o Hotel Cambridge, de Eliane Caffé.

Ilda Santiago, diretora do Festival do Rio, resumiu o clima da festa do cinema no Rio:

_ Depois de onze dias de maratona para ver excelentes filmes, fazendo homenagens e recebendo o cinema mundial, recebendo os amigos dessa grande família do Festival do Rio, ganhamos força para continuar fazendo o que a gente faz, batalhando para ter diversidade no cinema e para ter a cidade do Rio de Janeiro neste lugar tão especial que é da cidade, que é deste país e que é do cinema como um todo. E sempre no dia da entrega de prêmios, eu fico mais nervosa do que se eu tivesse concorrendo com qualquer filme porque eu eu o que é a energia colocada por cada diretor, por cada produtor, por cada equipe para ter o seu filme dentro do festival e dentro da Premiere Brasil. Nós temos muito o que agradecer a vocês todos, produtores, diretores, atores, técnicos por nos darem a honra de exibir os filmes de vocês e de ter esse frio na barriga que nós todos compartilhamos neste festival. Muito obrigada a todos _ disse Ilda.


Festival do Rio 

VENCEDORES DA PREMIÈRE BRASIL E OUTROS PRÊMIOS 

Première Brasil 

JÚRI 

presidido por Charles Tesson, crítico e Diretor da Semana da Crítica do Festival de Cannes, e composto por Maria Augusta Ramos, diretora, Rodrigo Santoro, ator e Sandra Kogut, diretora:

MELHOR LONGA-METRAGEM DE FICÇÃO -  Fala Comigo, de Felipe Sholl

MELHOR LONGA-METRAGEM DE DOC -  A Luta do Século, de Sérgio Machado

MELHOR CURTA-METRAGEM - O Estacionamento, de William Biagioli 

Menção Honrosa curta-metragem - Demônia, um Melodrama em 3 atos, de Fernanda Chicollet e Cainan Baladez

MELHOR DIREÇÃO DE FICÇÃO -  Cristiane Oliveira por Mulher do Pai

MELHOR DIREÇÃO DE DOC - Sérgio Oliveira por Super Orquestra Arcoverdense de Ritmos Americanos 

Menção Honrosa Direção de Documentário - Marcos Prado, por Curumim

MELHOR ATRIZ – Karine Teles por Fala Comigo

MELHOR ATOR – Nelson Xavier, por Comeback e Julio Andrade por Redemoinho e Sob Pressão

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE – Verónica Perrotta por Mulher do Pai

MELHOR ATOR COADJUVANTE - Stepan Nercessian por Sob Pressão

MELHOR FOTOGRAFIA – Fernando Lockett por Superorquestra Arcoverdense de Ritmos Americanos e Heloisa Passos por Mulher do Pai

MELHOR MONTAGEM -  Marcio Hashimoto por Era o Hotel Cambridge

MELHOR ROTEIRO -  Martha Nowill e Charly Braun por Vermelho Russo

PRÊMIO ESPECIAL DO JÚRI – Redemoinho, de José Luiz Villamarim

 

NOVOS RUMOS - Júri composto por Beth Sá Freire, curadora, Eron Cordeiro, ator e Marina Meliande, produtora e diretora. 

MELHOR FILME -  Então Morri, de Bia Lessa e Dany Roland

MELHOR CURTA -  Não me prometa nada, de Eva Randolph

PRÊMIO ESPECIAL DO JÚRI -  Deixa Na Régua, de Emílio Domingos


Menção Honrosa - Layla Kayã Sah pela atuação (Janaína Overdrive, de Mozart Freire)


VOTO POPULAR:

MELHOR LONGA FICÇÃO: Era o Hotel Cambridge, de Eliane Caffé

MELHOR LONGA DOCUMENTÁRIO:  Divinas Divas, de Leandra Leal

MELHOR CURTA:  Demônia, um Melodrama em 3 atos de Fernanda Chicollet e Cainan Baladez


PRÊMIO DA CRÍTICA  FIPRESCI - Júri composto por Klaus Eder, Ivonete Pinto e Filippo Pitanga

- Viejo Calavera, de Kiro Russo

- Era o Hotel Cambridge, de Eliane Caffé


PRÊMIO FELIX

Juri composto por Katia Adler, organizadora e diretora do Festival de Cinema Brasileiro de Paris e dos Festivais de Toronto e Montreal, Milton Cunha, jornalista, carnavalesco internacional e comentarista da TV Globo e Gilson Packer (Gerente Geral do CineSESC e também coordena o Projeto Tchorfland, que retratará 20 anos da militância LGBT em São Paulo)


Melhor Longa Ficção:  Rara (Estranha), de Pepa San Martin

Melhor Longa Doc:  Divinas Divas, de Leandra Leal

Prêmio Especial do Júri: Love Snaps, de Daniel Ribeiro e Rafael Lessa


Prêmio Suzy Capó Personalidade Felix de 2016:  Lea T


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MOSTRA GERAÇÃO - VENCEDOR DO JURI POPULAR:  Bruxarias Brujerías de Virginia Curiá -  Animação/ Espanha / Brasil


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Estimativa de público: 200 mil espectadores


Festival do Rio 2016 - De 6 a 16 de outubro / www.festivaldorio.com.br


 


 




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