Inovação é a palavra-chave
Área de
negócios do Festival do Rio, mas também um espaço para troca de informação e
ideias entre profissionais do audiovisual, o RioMarket costuma apontar novos
rumos no setor. Foi esse o tom do debate “Imagine o mundo com filmes iguais
todos os dias. Por que o cinema tem que ser diversificado?”, que atraiu a
atenção do público no Rio Othon palace para o que tinha a dizer os executivos
Gabriel Gurman, da Galeria Distribuidora, e Jean Thomas Bernardini, da
Imovision.
A conversa foi aberta por uma reflexão da dupla a respeito do momento político do país e seu impacto no apoio do poder público ao cinema brasileiro. A conjuntura atual, aliada a evidências como a concorrência cada vez mais acirrada, levou à conclusão de que o caminho para atrair o interesse do espectador/consumidor passa por medidas inovadoras.
Como exemplo, Gabriel Gurman citou o lançamento do filme “Ana e Vitória”, inspirado na trajetória da dupla musical Anavitória, que ganhou pré-estreia com direito a pocket show. “Para chegar a uma conclusão sobre que técnicas usar para atingir o público é necessário pensar como e quando impactá-lo”, ensinou Gurman.
“Cabe a nós repensar o nosso modelo de produção. Muitas vezes ficamos viciados nos nossos meios de construção e deixamos de enxergar o que o público quer”, continuou o diretor da Galeria Distribuidora. O executivo anunciou ainda que, em 2020, sua companhia arriscará um novo formato pouco explorado no cinema brasileiro: o filme “A menina que matou os pais” será lançado com duas versões, cada uma baseada na visão de um dos envolvidos no crime de grande repercussão - Suzane von Richthofen e os irmãos Cravinhos. A ideia é exibir as atrações seguidas, na mesma sessão.
Isadora Mattos
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