Leandra Leal apresenta seu primeiro trabalho como diretora O documentário Divinas divas, que faz parte da Première Brasil, foi debatido hoje no Cine Odeon
A realizadora estreante disse ter ficado impactada pelo talento e pela força dessas artistas quando da comemoração, em 2004, dos setenta anos do Teatro Rival, local onde elas haviam se apresentado no passado e que pertence à família da diretora. Lembrando o longo caminho do projeto, que se estendeu por nove anos, Leal declarou: “Eu agradeço todas as dificuldades que eu passei porque elas me ajudaram a amadurecer”. A diretora falou ainda dos muitos obstáculos enfrentados pela pesquisa, já que há muito pouco material em arquivo sobre a cultura LGBT, ressaltando a importância do resgate dessas performers pioneiras. “Eu queria que as pessoas conhecessem as divas através do meu olhar”, falou, sublinhando sua ligação afetiva com esse mundo desde a mais tenra idade.
A roteirista e produtora Carol Benjamin definiu como um dos temas centrais da obra a ideia de que os espaços físicos também guardam uma memória, salientando a importância do Teatro Rival e da Cinelândia na narrativa. A montadora Natara Ney também discursou sobre o valor da preservação da memória, e agradeceu profusamente ao pesquisador César Sepúlveda, que cuida do arquivo das divas e cujo auxílio foi fundamental para a realização do projeto.
Texto: Maria Caú
Fotos: Pedro Ramalho
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