Premiere Latina tem uma seleção primorosa Filme que ganhou prêmio melhor direção em Veneza vai ser exibido no Rio
PREMIÉRE LATINA
A mostra Première Latina é uma das mais tradicionais do Festival do Rio e traz uma seleção de filmes produzidos pelos principais pólos cinematográficos da América Latina, do México ao Chile.
Em 2016 a mostra apresenta algumas produções que já circularam pelos principais festivais de cinema do mundo, com nomes de peso, como o do quase onipresente ator argentino Ricardo Darin, além da cada vez mais constante e rica parceria entre as produtoras brasileiras e argentina. E tem como destaque o novo filme de Amat Escalante, A região selvagem (La region salvaje), que ganhou o prêmio de melhor direção do Festival de Veneza 2016, o famoso Leão de Prata.
Minha Amiga do Parque traz a atriz Julieta Zylberberg (de Relatos Selvagens - 2014) no elenco, e conta a relação de duas mães de diferentes classes sociais que se conhecem nos passeios com seus filhos pequenos no parque. O tema da amizade entre classes diferentes é abordado de forma sensível pela diretora Ana Katz, que também assina a direção e a produção. O filme levou o Prêmio Especial do Júri em Sundance 2016.
Um dos assuntos mais tratados pelo cinema argentino, a ditadura militar dos anos 1970, volta à tona em A Longa Noite de Francisco Sanctis, dos diretores Andrea Testa e Francisco Márquez. Um thriller no melhor estilo da escola argentina de cinema baseado no romance homônimo de Humberto Costantini.
Do Chile há o diretor estreante em longas Christopher Murray com o seu Cristo Cego, que aborda a intrigante conhecida relação cultural dos povos da região desértica chilena do Pampa de Tamarugal com a necessidade de presenciar milagres. No filme o personagem Michael sai em peregrinação pelo deserto na fé de operar um milagre em seu amigo, que necessita de cura. É uma bela crítica sobre as carências sociais desta região, que se refletem em misticismo religioso.
A mostra Première Latina ainda reúne o filme La Vingaça, dirigido pelo brasileiro Fernando Fraiha, e a produção Dolores. Ambos com atores brasileiros em seu elenco. Segue abaixo a lista de filmes da mostra.
Saiba mais sobre os filmes
O CRISTO CEGO (El Cristo Ciego)
De Christpher Murray. Com Michael Silva, Bastian Inostroza, Ana Maria Henriquez, Mauricio Pinto e Pedro Godoy. Chile / França, 2016. 85 minutos, DCP.
Michael acredita ter presenciado uma revelação divina no deserto. Seus vizinhos são incrédulos e logo delegam a ele o papel de bobo da cidade. Quando um de seus amigos de infância se envolve em um acidente numa vila remota, Michael parte com os pés descalços em uma peregrinação através do deserto, a fim de curar seu amigo com um milagre. Uma viagem que irá percorrer o desespero de uma sociedade em necessidade de fé, e uma lição sobre como sobreviver dentro de um contexto social de risco no mais poderoso polo religioso do Chile. Festival de Veneza 2016.
http://www.festivaldorio.com.br/br/filmes/el-cristo-ciego
Première Latina
AQUI NÃO ACONTECEU NADA (Aquí No Ha Pasado Nada)
De Alejando Fernández Almendras. Com Agustín Silva, Alejandro Goic, Luis Gnecco, Paulina García, Daniel Alcaino, Augusto Schuster. Chile, 2015. 94 minutos, DCP.
Vicente é um típico playboy bon vivant. Em uma noite de domingo, ele bebe e dirige ao lado de outros jovens que mal conhece. O passeio é interrompido quando um volume robusto colide contra o carro. O trauma ganha novas proporções na manhã seguinte, quando descobre-se que um pai de família foi atropelado e não recebeu ajuda. Em seu mais recente trabalho, Alejandro Fernández Almendras (Matar um homem) revisita um caso real que causou rebuliço na mídia chilena, em uma história sobre as estruturas do poder e a corrompida justiça de seu país. Festival de Berlim e Sundance, 2016.
http://www.festivaldorio.com.br/br/filmes/aqui-no-ha-pasado-nada
O AUGE HUMANO (El Auge Del humano)
De Eduardo Williams. Com Sergio Morosini, Shine Marx, Domingos Marengula, Chai Fonacier, Irene Doliente Paña, Manuel Asucan, Rixel Manimtim.Argentina/Portugal/Brasil, 2016. 100 minutos, DCP.
Buenos Aires. Exe acaba de perder o emprego e não tem planos de procurar outro. Pela internet, ele conhece Alf, um rapaz moçambicano também desmotivado por seu trabalho, que pretende partir à procura de Archie, um jovem que fugiu para a selva. Através de uma densa vegetação, Archie trilha pelo caminho deixado pelas formigas. Um deles se perde e, enquanto vagueia sem destino, se depara com Canh, um filipino que se prepara para voltar à sua cidade natal, onde um emprego massacrante e miserável o aguarda. Melhor filme da mostra Cineasta do Presente do Festival de Locarno 2016.
http://www.festivaldorio.com.br/br/filmes/el-auge-del-humano
DOLORES (Dolores)
De Juan Dickinson. Com Roberto Birindelli, Emilia Attías, Guillermo Pfening, Mara Bestelli, Jandir Ferrari.Argentina/Brasil, 2016. 98 minutos, DCP.
Dolores é uma mulher de descendência escocesa que volta à Argentina, terra de seus familiares, após a morte de sua irmã. Além de cuidar de seu sobrinho de 8 anos, agora órfão, ela pretende enfim se entender com Jack, seu cunhado, por quem ainda conserva um amor antigo. Em meio à Segunda Guerra Mundial, a rivalidade entre ingleses e alemães se torna pessoal quando Dolores se apaixona por Octavio Brand, um filho de alemães que, de potencial inimigo, torna-se um amor inesperado. Agora Dolores terá que decidir entre esses dois homens.
http://www.festivaldorio.com.br/br/filmes/dolores
HERMIA & HELENA (Hermia & Helena)
De Matías Piñeiro. Com Agustina Muñoz, María Villar, Mati Diop. Estados Unidos / Argentina, 2016. 87 minutos, DCP.
Matías Piñeiro, o diretor de Viola e A princesa da França, continua sua série shakespeariana em seu mais novo longa. Parcialmente inspirado na história do próprio diretor, acompanhamos a trajetória da dramaturga Camila, que deve trabalhar numa tradução de Sonhos de uma noite de verão para o espanhol em troca de uma bolsa artística em Nova York. Em pouco tempo, ela se vê lançada a uma série de flertes, encontros extraordinários, deliciosos desvios amorosos, becos sem saída e novos começos. Festivais de Locarno e Toronto, 2016.
http://www.festivaldorio.com.br/br/filmes/hermia-helena
HISTÓRIAS DOS DOIS QUE SONHARAM (Historias de Dos que Soñaron)
De Andrea Bussmann, Nicolás Pereda. Com Sandorné Laska, Sandor Laska, Timea Laska, Alexander Laska, Viki Laska. México / Canadá, 2016. 82 minutos, DCP.
Era uma vez um antigo condomínio em Toronto, um lugar onde pessoas aguardam uma resposta aos seus pedidos de asilo: um carimbo para começar uma nova vida no Canadá. Sandorné e Sandor contam histórias de seu prédio, sua família e seu passado. Uma criança torna-se pássaro, uma mulher enlouquece após a morte de seu filho, uma família de ciganos húngaros refugiados luta para se manter em um novo país. Entre a ficção e o documentário, esta espécie de purgatório na Terra revela-se um lugar não apenas de sofrimento, mas um território fértil para fábulas e sonhos. Festival de Berlim 2016.
http://www.festivaldorio.com.br/br/filmes/historias-de-dos-que-sonaron
A IDEIA DE UM LAGO (La idea de un lago)
De Milagros Mumenthaler. Com Carla Crespo, Rosario Bléfari, Malena Moiron. Suíça / Argentina / Qatar, 2016. 82 minutos, DCP.
Inès, uma fotógrafa profissional, decide terminar o livro em que está trabalhando antes de dar à luz seu primeiro filho. O projeto, relacionado às memórias de sua infância, sempre a leva ao mesmo lugar: a casa de sua família no sul da Argentina, cenário de sua juventude e da formação do seu caráter. Em meio a essas memórias, a única foto de Inès com seu pai, desaparecido durante a ditadura militar, serve como ponto de partida para um quebra-cabeça de lembranças fragmentadas sobre as relações de Inès com sua mãe e seu irmão. Da mesma diretora de Abrir portas e janelas. Locarno 2016.
http://www.festivaldorio.com.br/br/filmes/la-idea-de-un-lago
KÉKSZAKÁLLÚ (Kékszakállú)
De Gastón Solnicki. Com Laila Maltz, Katia Szechtman, Lara Tarlowski, Natali Maltz, Maria Soldi. Argentina, 2016. 72 minutos, DCP.
Um retrato pouco convencional de mulheres distintas imersas em seus corpos, amigos, amantes, rotina e, sobretudo, numa cultura de recessão econômica e espiritual. O mal-estar econômico argentino serve aqui como estopim para que mulheres abastadas e criadas em um mundo de privilégios fujam rumo a uma experiência verdadeiramente libertária. Livremente inspirado na ópera O castelo de Barba-Azul, o filme toma forma como um conto de inércia geracional, a partir da história de mulheres rendidas pelo trabalho e pelo descanso em Buenos Aires e Punta del Este. Festival de Veneza e Toronto, 2016.
http://www.festivaldorio.com.br/br/filmes/kekszakallu
KOBLIC (Koblic)
De Sebastian Borensztein. Com Ricardo Darin, Oscar Martinez, Inma Cuesta. Argentina / Espanha, 2016. 92 minutos, DCP.
Em 1977, a Argentina vive seus primeiros dias sob novo regime ditatorial. Tomás Kóblic é um piloto da Marinha prestes a enfrentar a missão mais difícil de sua vida: pilotar um "vôo da morte". Atormentado pelo destino terrível que é dado aos prisioneiros políticos de seu país, Kóblic toma uma decisão que irá forçá-lo a fugir para a pequena cidade de Pampa, onde começa uma nova vida, agora como procurado do regime militar. Um desertor que abriu mão de uma vida segura para pôr em prática um plano arriscado na busca por justiça.
http://www.festivaldorio.com.br/br/filmes/koblic
LA VINGANÇA (La Vingança)
De Fernando Fraiha. Com Felipe Rocha, Daniel Furlan, Leandra Leal. Brasil / Argentina, 2016. 90 minutos, DCP.
Após receber a enigmática mensagem "precisamos conversar", Caco resolve fazer uma surpresa para sua namorada e pedi-la em casamento, mas acaba a encontrando com um argentino. Vadão, o melhor amigo de Caco, arrasta o ex-futuro noivo até a Argentina numa viagem nonsense de busca por vingança. Enquanto Vadão tenta reviver a adolescência com o amigo, Caco segue focado em reconquistar seu amor. Mas nada ocorre como planejado.
http://www.festivaldorio.com.br/br/filmes/la-vinganca
A LONGA NOITE DE FRANCISCO SANCTIS (La Larga Noche De Francisco Sanctis)
De Andrea Testa e Francisco Márquez. Com Rafael Federman, Valera Lois, Laura Paredes. Argentina, 2016. 80 minutos, DCP.
Buenos Aires, 1977. Durante a ditadura militar argentina - a mais sanguinária da América Latina -, Francisco Sanctis recebe a informação de que duas pessoas foram condenadas a "desaparecer". Mesmo sem quaisquer laços políticos, este pacato homem de meia idade fica atordoado pela urgência da situação. Naquela noite, ele deverá tomar uma decisão crucial: se colocar ou não em risco para salvar a vida de outras pessoas. Uma adaptação do romance homônimo de Humberto Costantini. Selecionado para a mostra Um Certo Olhar do Festival de Cannes e BAFICI 2016.
http://www.festivaldorio.com.br/br/filmes/la-larga-noche-de-francisco-sanctis
MINHA AMIGA DO PARQUE (Mi amiga del parque)
De Ana Katz. Com Julieta Zylberberg, Ana Katz, Maricel Alvarez, Mirela Pascual, Malena Figó, Daniel Hendler. Argentina / Uruguai, 2015. 85 minutos, DCP.
Enquanto o marido viaja a trabalho para o Chile, Liz luta para cuidar sozinha do filho pequeno. Sentindo-se deslocada em meio ao grupo fechado de pais no parque, ela se aproxima de Rosa, operária e mãe solo. A diferença social cada vez maior entre elas, assim como rumores estranhos sobre a família de Rosa, fazem Liz suspeitar que sua nova amiga seja uma influência negativa em sua já frágil vida. Uma apreciação honesta dos lados público e privado da maternidade, o filme joga luz sobre as inseguranças e exaltações de uma amizade entre duas mulheres. Prêmio Especial do Júri, Sundance 2016.
http://www.festivaldorio.com.br/br/filmes/mi-amiga-del-parque
PRIMEIRO JANEIRO (Primero enero)
De Darío Mascambroni. Com Valentino Rossi, Jorge Rossi, Eva Torres. Argentina, 2016. 65 minutos, DCP.
A vida de Valentino, um menino de 8 anos, vem atravessando muitas mudanças. Seus pais acabam de se divorciar e têm planos de vender a casa da família na montanha, onde ele passou todos seus verões até então. Na última visita à casa, George, o pai, planeja compartilhar com o filho uma tradição familiar, mas Valentino propõe novas regras que desafiam a natureza do ritual. A partir de suas diferenças a tensão surge, comprometendo aquele último mês de janeiro nas montanhas. Prêmio de melhor filme argentino no BAFICI 2016.
http://www.festivaldorio.com.br/br/filmes/primero-enero
Estranha (Rara)
De Pepa San Martín. Com Julia Lubbert, Emilia Ossandón, Mariana Loyola, Agustina Muñoz, Coca Guazzini. Chile / Argentina, 2016. 88 minutos, DCP.
Desde que seus pais se separaram, Sara e sua irmã mais nova vivem com a mãe cuja nova companheira é uma mulher. O dia a dia das quatro segue como o de outra família qualquer, e Sara está realmente confortável com sua nova configuração familiar. Mas nem todos parecem enxergar desta forma e o próprio pai de Sara tem suas dúvidas sobre a vida que a filha vem levando. Em meio aos festejos de seus 13 anos, ela terá que encarar sua primeira paixão e conviver com as inúmeras mudanças em seu corpo, enquanto administra os conflitos sobre lealdade entre seus pais. Festival de Berlim 2016.
http://www.festivaldorio.com.br/br/filmes/rara
A REGIÃO SELVAGEM (La Region Salvaje)
De Amat Escalante. Com Ruth Ramos, Simone Bucio, Jesús Meza, Eden Villavicencio, Andrea Peláez. México, 2016. 100 minutos, DCP.
Alejandra é uma jovem mãe que, ao lado de seu marido Angel, cria seus dois filhos em uma pequena cidade. Seu irmão Fabian trabalha como enfermeiro no hospital local. Suas vidas provincianas são abaladas com a chegada da misteriosa Veronica, uma mulher sexy que põe em cheque os valores familiares, a hipocrisia, a homofobia e o machismo que até então regiam a moral local. Verônica convence a todos que em uma mata próxima, dentro de uma cabana isolada, habita algo que não é deste mundo e que servirá de resposta para todos os problemas. Leão de Prata de melhor direção, Veneza 2016.
http://www.festivaldorio.com.br/br/filmes/la-region-salvaje
SOLAR (Solar)
De Manuel Abramovich. Com Manuel Abramovich, Flavio Cabobianco, Marcos Cabobianco. Argentina, 2016. 76 minutos, DCP.
Em 1991, com apenas 10 anos, Flavio Cabobianco publicou Venho do sol, livro onde filosofa sobre Deus e o universo. A publicação se tornou um best-seller na Argentina e transformou seu autor em um fenômeno New Age. Vinte anos mais tarde, ele decide reeditá-lo e aceita a proposta para que façam um documentário sobre sua história. Mas já no início das filmagens, ele se mostra resistente às ideias do diretor. Os constantes questionamentos do menino prodígio de outros tempos acaba pondo em crise a produção, transformando o documentário em um jogo de forças entre Flavio e o diretor. BAFICI 2016.
http://www.festivaldorio.com.br/br/filmes/solar
TEMPESTADE (Tempestad)
De Tatiana Huezo. México, 2016. 105 minutos, DCP.
Em uma manhã qualquer, Miriam é presa e acusada sem provas de tráfico de pessoas. A violência que ela sofreu e a qual foi exposta durante sua prisão deixou uma lacuna profunda em sua vida. Adela trabalha como palhaça em um circo itinerante. Dez anos atrás, sua vida foi transformada de forma irreversível, e todas as noites durante o show ela evoca sua filha desaparecida, Monica. Através de uma viagem subjetiva e emocional, esta é a jornada de duas mulheres, um retrato do poder paralisante do medo e do impacto da violência que aflige o México. Festival de Berlim 2016.
http://www.festivaldorio.com.br/br/filmes/tempestad
TODO O RESTO (Todo lo demás)
De Natalia Almada. Com Adriana Barraza. México / Estados Unidos, 2016. 98 minutos, DCP.
Dona Flor é uma burocrata e deixa tal caracteristica transparecer até na cor de sua blusa bege, nos sapatos sem saltos, na saia na altura do joelho. Há mais de três décadas, ela passa seus dias atendendo cidadãos indignados, para os quais ela não é nada além de uma burocrata sem vida. Na companhia exclusiva de seu gato, ela dedica suas noites a listar obsessivamente as pessoas que atendeu durante o dia. Inspirado pela ideia da filosofa alemã Hannah Arendt, que classificou a burocracia como uma das piores formas de violência, esta é uma contemplação hipnotizante sobre a solidão.
http://www.festivaldorio.com.br/br/filmes/todo-lo-demas
VIEJO CALAVERA (Viejo Calavera)
De Kiro Russo. Com Julio Cesar Ticoa, Narciso Choquecallata, Anastasia Daza López, Rolando Patzi, Israel Hurtado, Elisabeth Ramírez Galván. Bolívia / Qatar, 2016. 80 minutos, DCP.
O pai de Elder Mamaní morreu. Aparentemente, o garoto não poderia se importar menos. Na perifeira da cidade mineira de Huanuni, ele começa uma nova vida ao lado de sua avó e do padrinho Francisco, que lhe arrumou um emprego em uma mina da região. Mas a nova rotina não dura muito tempo, já que Elder está mais preocupado em se drogar e vagar pelas áreas perigosas da cidade durante a noite. A vida pacata daquele núcleo familiar ganha uma nova face quando o jovem se depara com um segredo obscuro envolvendo Francisco e a morte de seu pai. Festival de Locarnohttp://www.festivaldorio.com.br/br/filmes/viejo-calavera
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