Publicado em 26/09/2014

Depois de tocar o terror no Festival do Rio no ano passado, o projeto O ABC da morte está de volta à sessão Midnight Terror. Nessa segunda leva, outros 25 diretores apresentam sua visão sobre “formas de morrer” a partir de uma letra do alfabeto. Desta vez, há a participação de um brasileiro, Dennison Ramalho, roteirista de Encarnação do Demônio, e diretor dos curtas Amor só de mãe e Ninjas. Dennison, que já apresentou seus filmes em festivais de cinema de terror mundo afora, foi lembrado pelos produtores para ser o representante brasileiro na obra. “Eles fizeram questão que eu filmasse no Brasil”, conta ele.

Na época em que o convite foi feito, políticos evangélicos defendiam um projeto de lei para a cura gay. Indignado, Dennison inspirou-se na polêmica. “Nos meus trabalhos sou antirreligioso, quase satânico. Fiz um filme que questiona quem tem o direito de se dizer possuidor do sagrado. Neste caso os exorcistas é que são os demônios, e o endemoniado não tem demônio nenhum”, argumenta. Só depois de desenvolver o roteiro é que ele foi informado qual seria sua letra: “J” . Dennison logo relacionou: “J de Jesus”. E assim batizou seu episódio de cinco minutos para o longa, que terá sua segunda exibição mundial no Festival do Rio, depois de estrear semana passada no Fantastic Fest em Austin, Texas.

Dennison apresenta a sessão de hoje e O ABC da morte 2, às 23:59hs, no Cinépolis Lagoon.




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