Publicado em 10/10/2017

Texto: Carol Matheus

Fotos: Eduardo Rocha

Na tarde de terça, o debate do filme “A parte do mundo que me pertence” contou com presença do mediador Eduardo Valente e do diretor Marcos Pimentel e 18 espectadores. Marcos começou comentando sobre o processo de criação, que se deu início com o edital do DOCTV, que na época em que entrou ainda era tema livre. A ideia original continha três personagens, mas ao longo do projeto a linha narrativa obteve mudanças, porém a essência do processo em contar o os sonhos das pessoas através do cotidiano.

Eduardo Valente perguntou como é o recorte de número de personagens, sendo uma vez que podemos considerar todo mundo um personagem. Pimentel revelou que inicialmente eles tinham 70 pessoas, a partir daí o casting de personagem mudou para casting de desejo. Onde ao longo do filme começaram a pensar na essência do ser humano no lugar comum, e apontando os lugares de onde as pessoas moravam iam dando pistas de seus sonhos e desejos, criando diferentes dimensões.

Pimentel também comentou que um ponto importante na construção do projeto, foi não julgar o desejo de nenhum personagem, desde o mais simples como uma simples pipa ou como ganhar na mega-sena ou casar com o cantor Fábio Jr. O público perguntou sobre o tempo de duração da produção. O diretor revela que o projeto demorou a ficar pronto, pois gosta de passar tempo com os personagens para que os desejos deles nasçam junto com a forma do filme.

O debate terminou com o mediador lhe perguntando como a observação de como o filme vem ao mundo. Como a passagem de tempo mudou a percepção do filme. Marcos fala que uma das coisas que o atrai no documentário é a surpresa que ele pode trazer. Ele nunca gostar de impor nada na criação do filme, ele gosta de ser surpreendido a cada dia, cada tempo e como ele se desenvolve e como as pequenas coisas que acontecem no mundo podem nos afetar e transformam o filme. Mas sonhos e desejos não mudam e não são afetados com todas as dores que o mundo nos obriga a enfrentar.

Marcos Pimentel finalizou falando que sua maior contribuição é chamar a atenção para as pequenas coisas e sutilezas do mundo.




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