A importância de se apoiar a cultura e o repúdio à censura foram alguns dos motes da abertura da 19a edição do Festival do Rio de Cinema, que aconteceu na noite de ontem no CCLSR - Cine Odeon NET Claro. A mestre de cerimônias foi atriz Mariana Ximenes, que deu um panorama geral do evento, suas mostras como o Foco Itália, os debates, Cine Encontros e a programação gratuita em diversos lugares da cidade. Ela destacou novidades como o Prêmio Petrobras de Cinema, que vai dar aos vencedores do Troféu Redentor um apoio para distribuição em salas de cinema, garantindo maior visibilidade aos filmes no circuito comercial.
O primeiro convidado a subir ao palco foi o gerente de Relações Corporativas, Eventos e Patrocínios da Petrobras, Diego Pila. “Somos parceiros do Festival do Rio desde a primeira edição e isso para nós é muito gratificante. Queremos agradecer aos diretores pelo trabalho fantástico que eles fazem. A Petrobras é parceira de longa data do cinema nacional. São mais de 20 anos. Acreditamos muito na cultura brasileira como agente transformador da realidade. Vida longa ao Festival do Rio!”, declarou.
Em seguida, foi a vez de Paulo Rabello, presidente do BNDES, que há 11 anos patrocina o evento. “Temos muito orgulho de estar aqui. Nessa platéia de primeiro dia do Festival do Rio, nós estamos diante de pessoas que estão comprometidas com o Brasil que cria, que se renova. Eu acho que é disso que precisamos cada vez mais”.
A cerimônia continuou com a fala da diretora do Festival do Rio, Walkíria Barbosa. “As minhas palavras hoje serão de agradecimento. Especialmente este ano, realizar o Festival do Rio só foi possível porque tantos amigos, tantos parceiros, tantas empresas, acreditaram na importância desse evento para o nosso país, a nossa cidade, e para a nossa indústria. Para mim, a palavra de ordem desse festival chama-se solidariedade, porque é isso que o evento viveu com todos vocês e muitos outros que não estão aqui presentes”.
A diretora Ilda Santiago agradeceu a todos os consulados, institutos, distribuidoras, cadeiras exibidoras e equipe. “Este é um ano muito desafiador para todos na cidade, no estado, no país e no mundo. Estamos aqui há vinte anos e o Festival do Rio sempre vai apontar para o futuro. Apostamos naquilo que todos nós somos capazes de fazer. Para nós, este ano, mais do que qualquer outro, nós vivemos da solidariedade, da colaboração de todos os nossos parceiros. Não recuem, avancem: apóiem a cultura! A cultura é o bem mais precioso que uma nação pode ter”.
O filme escolhido para abrir o Festival do Rio 2017 foi o delicado “A Forma da Água”, de Guillermo del Toro, vencedor do Leão de Ouro no Festival de Veneza 2017. Graças ao esforço da equipe da Fox no Brasil, o Rio de Janeiro foi a terceiro lugar no mundo em que o longa-metragem foi exibido.
A diretora de marketing da 20th Century Fox Film, Camila Pacheco, subiu ao palco do CCLSR – Cine Odeon NET Claro para apresentar o filme. “Em nome da Fox, estamos muito orgulhosos de trazer para vocês em primeira mão ‘A forma da água’, direção do brilhante Guillermo del Toro. Ele é um apaixonado pela arte cinematográfica e vocês vão ver isso nessa obra. O filme fala sobre as diversas formas de amar, sobre aceitar, se comunicar, e também ajudar e ser solidário. A sessão de meia noite terá sua renda toda revertida para as vítimas do terremoto do México, terra do diretor, que é uma pessoa muito engajada e defensora da cultura mexicana. O filme será lançado comercialmente no dia 11 de janeiro”.
A forma da água é um conto de fadas dos mais imaginativos ambientado no cenário dos Estados Unidos na época da Guerra Fria, por volta de 1962. No laboratório secreto e de alta segurança do governo onde trabalha, a solitária Elisa vive presa em uma vida de isolamento. Sua vida muda para sempre quando ela e a colega Zelda descobrem uma experiência secreta. No elenco estão Sally Hawkins, Michael Shannon, Richard Jenkins, Doug Jones, Michael Stuhlbarg e Octavia Spencer.
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