Publicado em 17/09/2013

Mohammad Rasoulof é uma das vítimas da recente perseguição do governo iraniano aos cineastas do país. Ao lado de Jafar Panahi, ele foi preso em 2010 sob acusação de filmar sem permissão. Sua sentença foi de um ano de prisão e 20 anos sem filmar. Mas o diretor não aceitou seu destino com facilidade. Em 2011, ele lançou no Festival de Cannes o belo e forte Bomid é didar [Adeus], carregado de questões políticas sobre o Irã contemporâneo.

Esse ano, ele voltou ao festival francês com Manuscritos não queimam, outra produção feita na clandestinidade. Esse thriller político, baseado em uma história real, conta a história de Khosrow, um assassino profissional contratado por Morteza para executar um homicídio e fazê-lo parecer um suicídio. Em cima da hora, no entanto, a dupla é obrigada e mudar seus planos. O longa, que ganhou o prêmio FIPRESCI da mostra Um Certo Olhar, não tem os créditos dos artistas envolvidos em sua produção, mantidos em segredo a fim de preservar a segurança de todos. Você poderá conferir o filme em breve, na mostra Panorama do Festival do Rio.



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