Publicado em 07/10/2022

“No cinema eu tenho um lar”. Um texto emocionante de Agnès Varda (1928-2019) sobre seu amor à sétima arte, lido por Zezé Polessa, abriu a 24ª edição Festival do Rio, na noite de quinta-feira (6), no Cine Odeon. A tradicional sala de cinema, que estava fechada desde a pandemia, foi reaberta para o evento, que teve como pauta a magia do cinema presencial.

Depois de uma edição resumida em 2021, o festival voltou a ter um formato robusto, com mais de 200 de filmes (80 deles só na Première Brasil) e a ser totalmente presencial. A atriz e mestre de cerimônias apresentou novidades da edição como as sessões de filmes gratuitos em um telão montado nas areias da Praia de Copacabana, em frente ao hotel Copacabana Palace; a homenagem ao diretor Breno Silveira, falecido em maio deste ano, com a exibição do filme “Dois filhos de Francisco”; e duas novas categorias no Troféu Redentor: Melhor Direção de Arte na Competição Oficial e Melhor Direção na mostra Novos Rumos.

Depois foi a vez das diretoras Walkiria Barbosa e Ilda Santiago subirem ao palco. “É uma emoção enorme estar aqui, como se fosse nosso primeiro ano. O festival é um passo para trazer o público para a experiência da tela grande. Nosso agradecimento ao Eduardo Paes, que desde o primeiro dia que ele assumiu a prefeitura, anunciou que ia apoiar o evento”, contou Walkíria.

Para Ilda Santiago, este é um momento de aprendizado e a palavra da edição do festival em 2022 é reconexão. Para a realização do evento foram superados muitos desafios, e um deles foi a reabertura do Odeon, que representa os grandes cinemas. “Temos que lutar para que os cinemas reabram e se mantenham abertos”, afirmou.

As diretoras agradeceram os patrocínios da Shell, representada no palco pelo presidente da empresa, Cristiano Pinto da Costa, e o da Prefeitura do Rio de Janeiro, representada pelo Secretário de Governo e Integridade Pública, Tony Chalita.  Depois da cerimônia de abertura, aconteceu a primeira exibição no Brasil de “Império da Luz”, novo filme de Sam Mendes, diretor de filmes como "Beleza americana", “1917” e "007 - Operação Skyfall". O longa, que passou anteriormente apenas pelo Festival de Toronto, conta potente história sobre as relações humanas e a beleza do cinema.

Agora é hora de acompanhar a programação, que está espalhada por toda a cidade, escolher os filmes (muito deles gratuitos) e curtir. O Festival do Rio é nosso!


Por: Domi Valansi
Foto: Davi Campana




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